Ainda que o céu esteja azul, e o sol deixe no infinito, seus encantos dourados, bordados a pincel, ainda, que o arco-íres renove a esperança após o temporal, e as borboletas façam coro a vida com sua dança angelical, dentro do meu coração, uma saudade constante, que vem não sei de onde, faz meus olhos marejar. Ao meu redor, flores graciosas, com ternura, me ensinam a sorrir, apesar dos espinhos... A minha alma porém, reclama a falta de outras primaveras, de outros tons, de auroras belas, no horizonte de outros céus. O conhecimento, o entendimento, o exercício de compreender o momento, o movimento da vida a favor da evolução, mas, cá portas adentro, da alma e do coração, lembranças se agitam, despertam, buscam nas frestas do inconsciente, as respostas, como peças de um quebra cabeças, ansiosas por encontrar o seu lugar. As lembranças, impulsionadas pela força invisível do coração, esbarram em limites, em dores, em dúvidas e indagações, buscam a lógica, lutam pela coerência